As duas equipes entraram em campo no 4-3-3. O Real tinha o meio-campo com Alonso, Diarra e Pepe. Na frente, Özil na direita, Cristiano Ronaldo por dentro e Di Maria do lado esquerdo. Já o Barça tinha Busquets como primeiro homem de meio, Xavi e Keita na articulação. Na frente, Villa na direita, Messi centralizado e Pedro do lado esquerdo.
O Real começou a partida repetindo a marcação agressiva da final da Copa do Rei. Só que depois de cinco minutos de desarmes no início das jogadas do Barça, o time catalão passou a não arriscar bolas em profundidade e apenas trocou passes laterais para não correr riscos, esfriando o ímpeto merengue.A linha de meio-campo do Real então recuou e o Barça passou a implementar seu toque de bola paciente e cadenciado. O time de Guardiola tinha dificuldades para encontrar espaços na bem organizada defesa do Real, mas aos poucos a movimentação de Messi passou a dar alternativas aos meio-campistas responsáveis pela transição da defesa para o ataque.
Messi participava do jogo ativamente recebendo a bola na região da intermediária, mas se a primeira linha de marcação do Real já havia se mostrado difícil de quebrar, a última também resistia bravamente. Assim, o Barcelona conseguiu várias vezes cercar a área merengue, mas só penetrou na área com perigo uma vez, em uma projeção de Xavi que resultou no arremate e em boa defesa de Casillas.
As marcações seguidas de faltas também acirraram os ânimos, com várias discussões entre os jogadores e a tensão aumentando dentro de campo. O resultado foi uma grande confusão no momento que os dois times se dirigiam aos vestiários, que acabou com a expulsão do goleiro reserva Pinto.
A equipe da casa voltou do intervalo com uma postura bem mais ousada. O Real adiantou suas linhas e foi marcar a saída de bola do Barça de novo, provocando erros de passe e conseguindo pegar a defesa catalã mal posicionada.
A pressão merengue só parou quando aconteceu o lance mais polêmico da partida. Daniel Alves foi afastar a bola da defesa e Pepe entrou com a sola da chuteira em sua canela. Cartão vermelho direto para o luso-brasileiro e expulsão também do técnico José Mourinho, pela reclamação. Aos 17 minutos da segunda etapa, o Barça tinha um jogador a mais. A saída de Pepe teve efeito imediato sobre o jogo, com o Barcelona bem mais confortável nas trocas de passes e fazendo a bola chegar aos seus homens de flanco em boa posição para a jogada individual. Foi assim que o Barça chegou à abertura do marcador.
Afellay, que entrou na segunda etapa para substituir Pedro, dominou do lado direito e partiu para cima de Marcelo. Ele driblou o brasileiro, chegou à linha de fundo e cruzou rasante para Messi. O argentino apenas desviou de Casillas para fazer 1 a 0, aos 30 minutos.
Depois do gol, o Real chegou a esboçar uma reação com muita correria e pouca criatividade, mas logo o Barça voltou a controlar a partida e trocar passes para administrar o placar. Ainda houve tempo para Messi mostrar sua genialidade em um grande lance que ampliou a vantagem catalã.
O argentino recebeu a bola um pouco à frente da linha central e arrancou em direção ao gol, passando por três adversários antes de tocar na saída do goleiro merengue, dando números finais ao placar aos 41 minutos da etapa final.
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